Inteligência Artificial incorpora Kurt Cobain para criar uma “nova” canção do Nirvana

Por Redação Categoria Nerd
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Embora sucessos de rock como “Smells Like teen Spirit” continuem sendo a base de rádios FM décadas depois de seus lançamentos, a trágica morte do cantor e compositor Kurt Cobain em 1994 interrompeu qualquer plano futuro de sons pioneiros do Nirvana. Quer dizer, isso até 2021 chegar e nós termos uma espécie de “nova música do Nirvana” graças à tecnologia de Inteligência Artificial e a ajuda de um vocalista de uma banda cover.

Como parte do Lost Tapes of the 27 Club, um projeto que usa inteligência artificial para criar novas músicas no estilo de músicos famosos que morreram aos 27 anos, nasceu a “nova” música do Nirvana, chamada “Drowned in the Sun” – algo como “Afogado no Sol”.

Não há dúvidas de que as letras e a melodia de “Drowned in the Sun” evoca parte da marca registrada do Nirvana, incluindo as guitarras corajosas e melodias crocantes de Cobain e, além disso, a inteligência artificial na verdade gerou algumas letras de músicas bem decentes e interessante ao estilo característico da banda, com coisas como: “Eu tenho minhas mãos agora, em cada ferida. Já estive aqui antes, mas não com você. Ainda sinto alguma dor, mas agora acabou. O sol brilha em você, mas não sei como. Eu não me importo. Eu me sinto como um… afogado no sol agora” – confira abaixo:

A composição da música foi inteiramente feita pela Inteligência Artificial, mas apesar disso foi necessário um toque humano para fazer a canção acontecer, já que o vocalista da banda de tributo ao Nirvana, Eric Hogan, ajudou fornecendo o tom e técnicas vocais característicos de Cobain para dar vida às letras artificiais assustadoramente humanas. “Eu sei que sou um estranho. E eu gosto. Tão apaixonado, mas sim, é um segredo. Eu sei que é errado, mas eu precisava. Para limpar minhas mãos do que te alimenta. Eu não me importo. Eu me sinto como um afogado no sol”.

No lado técnico, o projeto utilizou o programa de Inteligência Artificial do Google Magenta para estudar e decompor os componentes recorrentes das músicas e gerar a “nova” faixa a partir desses blocos de construção. Conforme observa o SYFY Wire, a Inteligência Artificial estudou tudo, desde tendências estilísticas até escolhas de notas para obter o som certo. A mesma abordagem foi feita com as letras, com a Inteligência Artificial estudando várias canções diferentes para “aprender” e eventualmente copiar o estilo de escrita do artista.

Embora o projeto seja um uso imensamente fascinante da Inteligência Artificial, ele também tem um propósito mais profundo: trazer à luz a necessidade de cuidados com a saúde mental. A organização Over the Bridge, que fornece assistência em saúde mental para os profissionais da indústria musical, está encabeçando os esforços nesse sentido.

Sean O’Connor, membro do conselho da organização, disse à Rolling Stone que a indústria da música tem uma tendência a normalizar e romantizar a depressão, e este projeto tem como objetivo fazer a pergunta: “E se todos esses músicos que amamos tivessem suporte de saúde mental?”

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